segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

FEVEREIRO 2008






MÍDIA









Almanaque do Carnaval foi assunto do Sociedade na Guerreira



A HISTÓRIA DOS GÊNEROS CARNAVALESCOS - O Sociedade na Guerreira, quadro que apresento no Programa Noite Guerreira da Rádio Manchete AM 760 destacou a entrevista com André Diniz, autor do Livro Almanaque do Carnaval . Acompanhe abaixo a entrevista:



Fábio Tubino: O Livro Almanaque do Carnaval foi lançado. O que de interessante está na obra?


André Diniz: O Livro se propõe a contar a história dos gêneros carnavalescos. Através de quatro gêneros, o Frevo, a Marchinha, o Samba e o Axé e os seus respectivos estados , Pernambuco, Rio de Janeiro e Bahia, eu conto a História do Carnaval falando de compositores, do contexto político e social.


Fábio Tubino: No Livro existe um destaque aos compositores importantes de Carnaval, como Ary Barroso, Lamartine Babo e outros. Você também conta um pouco da história da MPB?


André Diniz: Estas pequenas biografias retratam a história de cada compositor, de cada cantor. Eu falo de Capiba, que era um compositor e de Germano, que era um cantor de Frevo e que está vivo até hoje. O que eu trabalhei neste contexto foi justamente a memória deste Carnaval, que sobrevive e vive até hoje em muitos locais. É a tradição que se mistura a modernidade.


Fábio Tubino: Você como um pesquisador, imaginaria que de uma brincadeira, teríamos depois as Grandes Sociedades e hoje o Desfile das Escolas de Samba, com esta dimensão mundialmente conhecida?


André Diniz: O Brasil virou sinônimo de Carnaval. A gente se vende lá fora sobretudo pela nossa música e como símbolo o Samba. E o Samba tem seu palco de excelência que é o Carnaval. O Carnaval brasileiro alcançou uma dimensão de milhões, é uma festividade que hoje envolve toda a sociedade e que acabou cultuando alguns gêneros durante a história. O Samba é emblemático na nossa identidade, mas o Frevo é muito cantado. O Axé é mais recente mas arrasta milhões de pessoas pelo Brasil inteiro. Este crescimento acontece historicamente através dos gêneros.


Fábio Tubino: O que você pode falar do Samba de Enredo. Os do passado eram melhores? Hoje é mais uma marcha para corresponder ao desfile?


André Diniz: Esta é uma pergunta complexa. Sempre foi um dos elementos importantíssimo nos desfiles. As pessoas iam para ver as alegorias, os sambistas, os ritmistas e para ouvir o Samba de Enredo. Hoje na realidade virou um trailer do que a Escola apresenta na avenida. Ele não tem tanto valor em si e as vezes surge um belo Samba Enredo. Hoje eles pasteurizados, padronizados, diferentes de Samba da época do Silas de Oliveira. Hoje é tempo do desfile aéreo. O Samba Enredo empobreceu, mas o desfile ainda continua arrastando milhares de pessoas.


Fábio Tubino: No Livro você fala dos desfiles na Sapucaí e apresenta uma cronologia dos campeões. Nesta a Imperatriz Leopoldinense e a Beija Flor são as maiores vencedoras da Passarela do Samba desde que foi inaugurada. Por que esta supremacia na sua opinião?


André Diniz: É a vitória da competência, do desfile certinho, programado, do ensaio, de quem se organiza. Antigamente você tinha a vitória do Samba Enredo, da empolgação da Escola, de um estilo de Carnaval que esta ficando para trás. O Carnaval hoje é marketing, está todo vendido. A Imperatriz e a Beija Flor de certa maneira representam o Carnaval moderno e grandioso.


Fábio Tubino: Você também destaca no Livro os cantores e a música baiana?


André Diniz: Todos os gêneros sobrevivem do mercado. O Axé nasce diretamente ligado ao mercado e vai fazendo sucesso. O que o mercado vende do Axé não pode tirar a riqueza da nossa análise da história cultural do surgimento deste gênero, deste estilo de fazer música na Bahia. O Axé remonta os tambores africanos, o Samba de Roda baiano. A riqueza desta miscenização é muito forte no Axé e na evolução dos cantores baianos, por mais que o mercado com o tempo tenha padronizado.


Fábio Tubino: Para terminar como você define Carnaval?


André Diniz: É expontaneidade e felicidade. A organização precisa ser na desorganização e com muita brincadeira.


Fábio Tubino: Obrigado pela entrevista e parabéns pelo Livro.


André Diniz: Obrigado a você. Eu também estou virando um leitor do seu Livro de Esportes. Estou querendo agora me embrear por esta praia.




NOITE GUERREIRA RECEBE MHARIAZZINHA E MANOEL DIONÍSIO - O Programa Noite Guerreira apresentado pela Rádio Manchete AM 760 no dia 16 destacou os bastidores dos desfiles na Sapucaí e teve como convidados Mhariazzinha, divulgadora da Beija Flor (A Bi-Campeã do Carnaval) e Manoel Dionísio responsável pelos casais de Mestre e Sala e Porta Bandeira do Salgueiro (Vice Campeão do Carnaval). Mhariazzinha destacou o trabalho da Comissão de Carnaval e acrescentou que o enredo 2009 já está sendo trabalhado







Mhariazzinha destacou o Desfile vencedor da Beija Flor




Manoel Dionísio enalteceu o Salgueiro






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