DATAS & FATOS
CALENDÁRIO
DIA 02 - CARNAVAL - A Festa nasceu como culto a 10 mil anos a.C. No século VII, na Grécia foi oficializada como homenagem a Dionísio. Sua popularidade fez com que a Igreja desistisse de combater o festejo profano em 590. A palavra está ligada à tradição cristã de não comer carne no período que precede a Paixão de Cristo. No Brasil, a influência africana agregou à festa de ritmos. O crescimento destes festejos começou com os Entrudos, prosseguiu com o desfile das Grandes Sociedades e hoje prestigia as Escolas de Samba, o Axé, o Maracatu e o Frevo.
O Carnaval é uma Festa Popular
DIA 07 - DIA NACIONAL DO GRÁFICO - Em 1923, os gráficos de São Paulo organizaram uma greve para reivindicar aumento de salários. Após quarenta dias as exigências foram atendidas e a data passou a ser comemorada.
DIA 14 - DIA DE SÃO VALENTIM - Na Roma antiga, no século III, o Imperador Claudius II proibiu o casamento no período de Guerra e Valentim desobedeceu esta ordem, por isso foi condenado com pena capital. Enquanto aguardava sua sentença, ele se apaixonou pela filha do carcereiro na prisão. A data de sua execução passou a ser reverenciada por ingleses e franceses no século XV, que associaram os amantes a Valentim. Em todo o mundo nesta data também é comemorado o Dia dos Namorados, exceto no Brasil.
DIA 21 - DIA NACIONAL DO NATURISMO - A data homenageia o nascimento de Dora Vivacqua, em 1917. Ela é conhecida como a vedete e bailarina Luz del Fuego e foi a principal representante do naturismo no Brasil nos anos 50 e 60.
FALANDO DE EVENTOS
DESFILE DAS ESCOLA DE SAMBA
GRUPO ESPECIAL - RJ
O ESPETÁCULO DO MUNDO
O Desfile das Escola de Samba do Grupo Especial no Rio de Janeiro aconteceu nos dias 3 e 4. Este ano, a festa na Passarela do Samba foi mais cedo em função do calendário, mas não afastou o público presente de diferentes partes do mundo. É sem dúvida um belo espetáculo, que apresenta novidades e inovações a cada ano. Ninguém sabe fazer um Carnaval como o nosso, que cada vez está mais profissional. Hoje o desfile é estudado e pesquisado em diversas pareas de atuação. O Carnaval Carioca é um mercado de trabalho sempre aberto para quem é criativo e competente.
1º DIA DE DESFILE
UMA NOITE DE CHUVA, SOL E NEVE NA SAPUCAÍ - A chuva incomodou bastante na maratona de oito horas e meia. E teve de tudo: O Sol apareceu no Abre Alas do Salgueiro e numa alegoria da Porto da Pedra. Mas a festa acabou em Neve, com a Viradouro levando uma pista de Esqui. Neste ano algumas escolas homenagearam os 200 anos da Chegada da Família Real Portuguesa ao Brasil.
As tradicionais Baianas da São Clemente desfilaram no 1º dia
COMENTÁRIO: Foi um desfile modesto. Em diversos setores, os integrantes apareceram caracterizados de Dom João VI. A proposta do enredo era fazer com que o monarca abandonasse o protocolo real e caisse no samba. Algumas alegorias tiveram problemas de iluminação. O Destaque ficou por conta do Elefante articulado construídio por profissionais de Parintins. Ele cruzou a Sapucaí mexendo as patas e a tromba. O animal chamou a atenção pelos movimentos e textura, parecendo mesmo real. O elefante foi uma homenagem a Goa, na Índia numa referência às terras colonizadas por Portugal. O Samba-Enredo da escola muito fraco e o peso das fantasias muito pesado. Foi lamentável assisti a modelo Viviane Castro desfilando com um tapa-sexo minusculo. O melhor momento foi a presença da atriz Rogéria que interpretou Maria, a Louca, mãe de Dom João. Ela apresentou a Comissão de Frente e foi ovacionada pela performance e pela carismo popular. Nota 7,0.
PORTO DA PEDRA - A Escola de São Gonçalo destacou o enredo Tem Pagode no Maru! 100 anos de Imigração Japonesa do carnavalesco Mário Borrielo. Mostrou a Imigração Japonesa no País, com seus hábitos, culinárias, religiosidade e vestuário.
COMENTÁRIO: Seguindo os moldes de um espetáculo de teatro cabúqui, o desfile mostrou desde a chegada dos primeiros imigrantes que atracaram em Santos, no navio Kasato-Masuseguirá até hoje. O Tigre, símbolo da escola, ganhou um toque japonês e no lugar das listras, trouxe ideogramas. O mesmo ocorreu com a Rainha de Bateria Angela Bismarchi, que desfilou com olhos puxados. Entre os pontos de destaque, a coreografia apresentada por uma ala que usava 204 leques e acompanhou o ritmo do samba. Num dos carros, a escola pecou em misturar mulheres fantasiadas de felinas com os Manekinekos, Gatos da Sorte. A iniciativa de falr do Japão foi boa, mas o desfile foi bem razoável. Imperdoável o esquecimento das Artes Marciais do Japão praticadas no Brasil. Nota: 7.8.
COMENTÁRIO: Foi um desfile lindo, moderno e de grandes proporções com alegorias imensas e fantasias muito criativas. Na abertura, a Águia estava voando sobre as águas. O quinto carro Viva a Vida foi o que mais chamou a atenção. O outro momento de forte apelo foi a reprodução enorme da Gorila Biab, que virou símbolo da África. O Samba-Enredo também merce elogio. Dos últimos anos foi sem dúvida a melhor passagem Portelense. Nota negativa para a gravação no Setor 1 da novela Duas Caras com a presença do ator Antônio Fagundes causando alvoroço, sem necessidade. Nota: 9.7.
UNIDOS DO VIRADOURO - Desde que inovou com o carro do DNA em 2004 e aceitou colocar a bateria para desfilar em cima de uma alegoria, o carnavalesco Paulo Barros conseguiu polemizar outra vez com o enredo É de Arrepiar. Ele apresentou o frio, o medo e o desejo.
COMENTÁRIO: Realmente todos ficaram literalmente arrepiados. A alegoria impedida pela justiça por fazer alusão às vítimas do Holocausto foi substituída pela alegoria Liberdade, que de fato impressionou. A Pista de Esqui, com 26 toneladas de gelo e esquiadores descendo de uma altura de 9 metros era incrível. Entretanto, esta não é uma alegoria de carnaval e perde neste quesito, como também em Fantasa. Outras sensações fizeram parte da escola como os carros do Kama Sutra, do Fazendo a Cabeça que trouxe um salão de beleza que se transformava no Castelo do filme Edward mãos de Tesoura e o do nascimento de um bebê ainda com cordão umbilical. De fato o bebê impressionou, mas seu acabamento feito com bonecos não foi interessante. A Escola de Niterói teve méritos na apresentação do carro Banquete que trouxe componentes vestidas de barata subindo e descendo na Avenida. Nota máxima para a bateria do Mestre Ciça que promoveu as famosas paradinhas, arrancando aplausos. Nota: 9.4.
MOCIDADE INDEPENDENTE DE PADRE MIGUEL - O carnavalesco Cid Carvalho estreiou na escola e optou por fazer um desfile tradicional. O tema histórico também homenageou à chegada dos portugueses no país. A opção foi centrar sua história em Dom Sebastião e no sonho de transformar Portugal no Quinto Império Universal, suplantando Babilônia, Pérsia, Roma e Grécia. Este sonho se realiza no Brasil com a Chegada da Família Real. O título é O Quinto Império: De Portugal ao Brasil, uma Utopia na História.
COMENTÁRIO: Padre Miguel trouxe de volta o brilho de seus memoráveis carnavais. Em sua estreia, o coreógrafo Fábio de Mello, teve méritos. A Comissão de Frente representou um passeio de Dona Maria pelas ruas do Rio. O mestre sala Rogerinho voltou fazendo par com Marcella Alves e fizeram bonito. As alegorias e fantasias em tons vibrantes, esbanjaram detalhes em lamê e pedras. Apesar de ter quebrado e causado um buraco no desfile, o quinto carro, que apresentou um chafariz, foi um dos mais aplaudidos. Tathiana Pagung deu um show à parte de graciosidade. O Samba de Enredo cresceu com a passagem e ecuou seu refrão em toda a avenida. Não foi um desfile pra vencer, mas de grande luxo e empolgação. Nota: 9.3.
UNIDOS DA TIJUCA - O carnavalesco Luís Carlos Bruno proporcionou o melhor enredo de 2008, pelo humor e criatividade. Muito fácil e combinando com o Carnaval, a Tijuca trouxe para a avenida o título Vou Juntando o que eu quiser, Minha Mania Vale ouro: Sou Tijuca, trafo a Arte Colecionando o Meu Tesouro, abordando as coleções diversas, que todos nós gostamos de fazer.
COMENTÁRIO: O desfile foi a cara da Escola. Todas as alas puderam ser facilmente identificadas pelo público. As fantasias foram simples e bonitas. Os destaques entre as alegorias foram a Casa de Bonecas, A Coleção Esotérica com um cogumelo ao centro, o Pavão abre-alas e o carro de pinguins. As cores da escola foram abusadas, o amarelo e o azul, principalmente nos dois primeiros setores. A bateria comendada pelo mestre Casagrande inovou com três paradinhas, uma delas apelidada de Tropa de Elite pelo risco que representava, já que durava 27 segundos. Nota: 9.6.
IMPERATRIZ LEOPOLDINENSE - Este foi um ano em que a vitorisa Rosa Magalhães assinou o enredo da Escola. Ela contou a história da Corte Real no Brasil, destacando as Marias. Entre estas a Maria I, a Louca, mãe de Dom João VI, a Maria Leopoldina, mulher de Pedro I e a que deu o nome à escola. O Título foi João e Marias.
COMENTÁRIO: A imperatriz realmente realiza um desfile bastante técnico. Os componentes se identificam com esta característica. As fantasias fizeram também o diferencial, bem acabadas e de ótimo gosto. Os carros estavam luxuosos e de acordo com o enredo, sem nenhuma invenção. O setor dedicado à Revolução Francesa chamou a atenção pela presença de inúmeras bandeiras francesas. Os azulejos estiveram presentes em diversos momentos, tanto em um carro alegórico como na roupa das baianas. Um estresse ocorreu com a boca articulada do Peixe Gigante do quinto carro que não abria toda, escondendo a destaque. Valeu também pelo retorno de Luiza Brunet como Rainha da Bateria. Nota: 9.5
UNIDOS DE VILA ISABEL - O carnavalesco Alex de Souza realizou um interessante enredo falando sobre os trabalhadores do País, desde à escravidão dos índios e negros, passando pela chegada dos imigrantes, até as lutas e nossas conquistas como a valorização da carteira de trabalho, a defesa dos direitos de férias, o 13º salário e o combate do trabalho informal. O título foi Trabalhadores do Brasil.
COMENTÁRIO: A escola teve problemas com o motor de um dos carros e a engenhoca responsável pelos efeitos especiais de outra alegoria. O caso mais grave ocorreu com o último carro Tributo aos Trabalhadores, que trazia a Velha Guarda. A alegoria teve dificuldades para entrar e deixou um grande buraco do setor 1 até depois do primeiro boxe de jurados. O samba enredo não conseguiu também conquistar o público. O destaque vai para o sétimo carro, Quem Sabe Faz a Hora, Não Espera Acontecer - A Rebeldia dos Metalúrgicos nos Anos de Chumbo. A Escola trouxe dez carrocerias novas, numa alusão a uma linha de montagem de automóveis. Os homens de braços cruzados lembraram a resistência dos trabalhadores do ABC Paulista. As atenções se voltaram para Natália Guimarães, que estreiou e mostrou carisma. Nota: 9.0.
Natalia Guimarães fez estréia de gala na Vila GRANDE RIO - A proposta do carnavalesco Roberto Szanieck foi falar do gás e suas importância para a humanidade desde a criação do universo até as estruturas metálicas rotativas na cidade de Coari no Amazonas, um dos mais importantes bolsões de gás do mundo.
COMENTÁRIO: A Escola sempre começa com muito agito, porque conta com inúmeros artistas. Por questão de segundos, o gás não se perdeu na Avenida. Vários problemas gastaram a energia da escola. O episódio mais tenso ocorreu a poucos metros da dispersão. Com grandes onças articuladas rugindo, o sexto carro quebrou e prejudicou a evolução, a harmonia e o conjunto. Um imenso buraco foi formado e quase o tempo estorou. A alegoria ficou presa por quase cinco minutos as grades do setor 4. O interprete Wander Pires também se atrazou. O Samba - Enredo teve pouca força. A madrinha Grazi Massafera e as paradinhas da bateria dirigida pelo Mestre Odilon empolgaram. Também destaque para a atriz Suzana Vieira. A força da comunidade e o belo conjunto cênico valeu para levantar o desfile. Nota: 9.2.
COMENTÁRIO: Foi simplesmente impecável. Tecncamente perfeita, com todas as alas compostas, cumprindo o enredo na risca. Foi apresentado um samba gostoso e as fantasias fortes e os carros majestosos contribuíram para o belo desfile. Toda a avenida ficou perplexa. No princípio, assistimos o Beija Flor Brilho de Fogo. Depois o carro iluminado de vermelho e alegorias humanas e as alas Oceano Atlântico - A Beleza violenta das Águas e a Pororoca o Rio Beija o Mar representando o encontro das águas. A primeira ala teve105 componentes e a segunda veio com 208. Valeu demais visualizar uma entrando por dentro da outra. As bainas e o casal de Mestre Sala e Porta Bandeira Rogerinho e Selminha Sorriso estavam explêndidos. Nota: D E Z!!!













